Processo químico para a conservação de cadáveres

Conservar cadáveres já era uma tarefa dos antigos egípcios

Todos os nobres (Faraós e famílias, sacerdotes) após a morte tinham seus corpos preparados para alcançar séculos de conservação. É claro que as técnicas usadas nesta época eram bem diferentes das atuais. Estudos revelam que o embalsamento era feito a partir do Natrão (mistura salina encontrada às margens do Rio Nilo). A alcalinidade presente combatia a proliferação de bactérias e o clima seco do norte da África teve lá suas contribuições, uma vez que a umidade acelera a decomposição. Sendo assim, o Egito se tornou a Terra das Múmias.

Com o passar dos anos e avanço da Ciência surgiram modernas técnicas de conservação, a chamada Tanatopraxia permite que um defunto permaneça em bom estado durante o velório através da desinfecção e conservação.

A técnica consiste em injetar uma mistura de formol e fenol no cadáver forçando o sangue a sair do sistema circulatório. O fenol possui a propriedade de matar todos os micro-organismos presentes enquanto o formol, por sua vez, é um fixador de células que impede a decomposição. Este processo químico estabelece um ambiente ascético capaz de resistir a uma invasão microbiana.

Sendo assim, é possível uma conservação temporária do cadáver, mantendo a aparência da pessoa em vida e uma melhor despedida para os familiares. Entre as vantagens deste método estão:

- Recuperar a cor natural e a aparência do cadáver;
- Controle de odores;
- Alongar o período de velório.

Entre as desvantagens está o alto preço do processo, como ocorria no Egito antigo, somente as famílias mais nobres usufruem deste método para velar ente queridos.

Por Líria Alves
Graduada em Química

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Líria Alves de. "Processo químico para a conservação de cadáveres"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/processo-quimico-para-conservacao-cadaveres.htm. Acesso em 02 de maio de 2024.

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