Dinheiro tem cheiro?

Por que o papel moeda adquire um odor característico?

Dinheiro tem cheiro? Para os mais ambiciosos esta é uma pergunta fácil de responder, afinal, eles sentem de longe quando um negócio vai bem, realmente “farejam o dinheiro”.

Mas qual a explicação química para o cheiro que atrai muita gente? É importante não confundir, estamos falando de forma concreta e não no sentido figurado da expressão, pois realmente nossas visadas notinhas possuem sim um cheiro.

Saiba agora que sentir o odor de “dim-dim” não é um atributo só para quem é mais familiarizado com ele, tudo tem explicação científica. O que dá às notas o odor característico tem a ver com o uso frequente das mesmas. À medida que as tocamos, elas sofrem uma reação química decorrente da acidez presente em nosso suor. Como uma nota passa por várias mãos, acaba por adquirir certo cheiro desagradável.

É claro que tudo depende do papel no qual o dinheiro foi impresso. O papel moeda em nosso país é feito com fibras de algodão. Alguns países, como os Estados Unidos, por exemplo, imprimem seu dinheiro em papel à base de 25% de fibras de linho e 75% de fibras de algodão, que por sua vez produz um cheiro diferente.

Situação parecida acontece em moedas, elas possuem em sua composição os metais, Ferro (Fe) e Cobre (Cu), estes, em contato com o suor, são responsáveis pela reação oxidante. Neste caso, a presença dos metais atua com um agravante do odor, é por isso que as moedas envelhecidas produzem um cheiro forte e nada agradável.

Veja uma das equações que representa a oxidação de moedas.

2 Cu + ½ O2 → Cu2O

Você pode deixar suas moedas novas e sem cheiro se deixá-las de molho em solução de ácido Clorídrico. Confira em: Lavagem de dinheiro – procedimento que permite limpar moedas envelhecidas.

Por Líria Alves
Graduada em Química

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Líria Alves de. "Dinheiro tem cheiro?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/dinheiro-tem-cheiro.htm. Acesso em 02 de maio de 2024.

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