O Integralismo foi um partido e movimento político surgido no Brasil na década de 1930, influenciado pelos ideais e práticas fascistas, que se desenvolveram na Europa após o fim da I Guerra Mundial. O movimento de extrema-direita foi fundado com o nome de Ação Integralista Brasileira (AIB), em 1932, quando o jornalista Plínio Salgado lançou o Manifesto de Outubro. Até os dias atuais, é invocada a liderança de Plínio Salgado nas tendências integralistas que existem, como a Frente Integralista Brasileira (FIB) e o Movimento Integralista e Linearista Brasileiro (MIL-B).
Resumo sobre Integralismo
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O Integralismo foi um movimento de extrema-direita fundando em 1932 pelo jornalista Plínio Salgado.
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Teve com inspiração os ideais nazistas e fascistas da Europa, embora não incluísse o racismo entre seus preceitos.
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Seu lema é “Deus, pátria e família”, e seus símbolos são a letra sigma e a saudação anauê.
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Embora se aproximassem da política varguista, os integralistas foram perseguidos pela ditadura de Vargas.
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Atualmente, ainda existem como resquício no cenário político brasileiro.
Características do Integralismo
O lema do Integralismo “Deus, pátria e família” serve como ponto de partida para se entender as propostas do movimento que ficou conhecido como o fascismo brasileiro. A palavra “Deus” indica a influência religiosa cristã, estando a figura divina em primeiro lugar e ocupando o cimo da estrutura hierárquica social, como era entendido pelos integralistas, já que era Deus “que dirigia o destino dos povos”.
A “pátria” era definida pelos integralistas como “nosso lar”. A pretensão era apresentar uma unidade da população brasileira dentro do território, principalmente como uma contraposição à divisão da sociedade em classes. Os integralistas pretendiam alcançar essa unidade por meio da constituição de um Estado integral, que harmonizaria os diferentes interesses existentes no seio da sociedade.
Por fim, temos a “família” como a menor unidade de organização social dentro da proposta integralista. A família seria o “início e fim de tudo”, a garantiria da manutenção da tradição, veiculada por essa forma de organização social.
Assim, podemos caracterizar o integralismo como um movimento nacionalista, autoritário, tradicionalista e fundado em preceitos religiosos, cabendo ao Estado manter a unificação integral da sociedade por meio da coerção.
Símbolos do Integralismo
Os principais símbolos do integralismo são:
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A letra grega ∑ (sigma): que, na Matemática, significa a soma dos infinitamente pequenos, indicando que por meio da união dos indivíduos e da família se garantiria a integração da sociedade, tendo por eixo o Estado.
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A expressão “anauê”: palavra de origem tupi que significa “você é meu irmão”.
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O cumprimento com o braço levantado para o alto: muito semelhante ao utilizado pelos nazistas, é mais um item de aproximação com o fascismo europeu. No entanto, ao contrário do nazismo, os integralistas não se afirmaram como racistas, pois para eles a sociedade brasileira se fundou também na miscigenação das diferentes etnias que habitavam o território.
Atuação do Integralismo
O Integralismo teve força durante a década de 1930, quando chegou a mobilizar entre 600 mil e 1 milhão de pessoas. Os integralistas eram ferrenhos opositores do liberalismo, do anarquismo e do comunismo. Contra estes últimos, vários conflitos de rua foram realizados na década de 1930. Os integralistas eram conhecidos tanto por camisas-verdes, em virtude da roupa utilizada, quanto depreciativamente por galinhas-verdes.
O autoritarismo e o nacionalismo dos integralistas aproximaram-nos dos governos de Getúlio Vargas. Contudo, apesar de o Estado Novo, instituído em 1937, ter tido o centralismo na instituição estatal e o extremo autoritarismo como características, os integralistas foram perseguidos durante a ditadura de Vargas, que extinguiu os partidos. A partir desse momento, os integralistas não conseguiram mais se organizar com a mesma força, sendo hoje um movimento político residual no cenário brasileiro.
Crédito da imagem
[1] R-41 | Commons
Por Me. Tales Pinto