Augusto dos Anjos

Poeta brasileiro nascido no Engenho Pau d'Arco, PB, considerado o mais original dos brasileiros entre Cruz e Sousa e os modernistas. Caracterizou-se por recorrer a uma infinidade de termos científicos, biológicos e médicos para escrever seus versos de excelente fatura, nos quais expressa por princípio um pessimismo atroz. Estudou no Liceu Paraibano e formou-se em direito em Recife (1906), porém nunca advogou, preferindo viver de ensinar português, primeiro em seu estado e a seguir no Rio de Janeiro, RJ, para onde se mudou (1910). Lecionou também geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Mudou-se para Leopoldina (1913), MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. Seu único livro publicado foi Eu (1912), em que canta a degenerescência da carne e os limites do humano. Praticamente ignorado a princípio pelo público e pela crítica, esse livro só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor. Hoje é um dos poetas mais lidos da nossa literatura, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu prematuramente em Leopoldina.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ESCOLA, Brasil. "Augusto dos Anjos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/augusto-dos-anjos.htm. Acesso em 29 de abril de 2024.

De estudante para estudante