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Estética Econômica

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E o PIB como vai ficar?
Deu um trabalhão dos diabos, mas finalmente o departamento de estética econômica do IBGE concluiu a maquiagem dos números referentes ao péssimo desempenho da Economia brasileira em 2006.

Pelo novo sistema de cálculo o Produto Interno Bruto melhorou visivelmente sua cara e a situação de penúria do povo brasileiro foi sensivelmente amenizada. Mas apenas na aritmética dos esteticistas econômicos do IBGE. Porque nas contas que a dona-de-casa faz nos dedos o salário do marido continua tão minguado que, mesmo pisando numa ponta e espichando a outra, ele não rende até o pagamento do mês seguinte.

Na análise macroeconômica o Brasil vai tão bem que chega a causar inveja aos demais países de Economia emergente. Nossas reservas internacionais giram em torno de US$ 150 bilhões, a inflação está sob controle, o risco-Brasil recuou ao nível mais baixo desde que foi inventado, as exportações se mantêm em alta e a taxa de juros, mesmo em ritmo de lesma, continua apontando pra baixo. O brilho dourado da pílula é intenso o suficiente para deixar assanhados os investidores internacionais. Mas o PAC empacou feito mula em beira de estrada. E com razão, afinal, primeiro vêm as definições políticas, a distribuição dos ministérios para agradar a base aliada e a fixação dos novos salários dos congressistas, coitados, que precisam ser mais bem remunerados.

As teorias econômicas não apresentam uma visão realista, pois só enxergam o mundo pela ótica da produção e consumo. Educação, saúde, lazer, cultura e habitação são atreladas ao suposto crescimento econômico.

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Para mudar nossa realidade é preciso que o Brasil mude, através de reformas: reforma tributária, previdenciária, política, trabalhista e, principalmente, reforma MORAL e ÉTICA. Só uma volta urgente à prática ininterrupta da vida moral pode nos levar a uma real compreensão da existência humana como um todo único e indivisível nesta jornada pela construção do AMOR através da verdadeira FRATERNIDADE. Não se edificará um mundo de Amor enquanto sobrar imoralidade na sociedade e faltar alimento na mesa do cidadão.
Melhor solução seria construir os dez milhões de residências que faltam no país. Isto geraria empregos, que gerariam consumo, que geraria mais empregos e maior arrecadação tributária; maior arrecadação geraria mais obras necessárias e indispensáveis à melhoria da condição de vida de todos nós e não veríamos nossos irmãos morando em condições precárias e adolescentes se prostituindo para se alimentar. É lamentável que debates dessa natureza não sensibilizem nossos líderes. No cassino da política brasileira os jogos visam apenas os interesses pessoais sempre pautados pelo egoísmo, o orgulho feroz e a cupidez.

Relembrando as palavras do filósofo Sêneca: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde quer ir”. Mas a nossa classe política sabe muito bem. E como sabe!

Por João Cândido da Silva Neto
Colunista Brasil Escola

Escritor do artigo
Escrito por: Eliene Percília Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PERCíLIA, Eliene. "Estética Econômica"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/estetica-economica.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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