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Composição química do chulé e como tratá-lo

O chulé é causado por bactérias que metabolizam o suor e o óleo da pele, produzindo substâncias de cheiro desagradável.

Alguns talcos e sprays combatem o chulé por inibirem a proliferação de fungos e bactérias
Alguns talcos e sprays combatem o chulé por inibirem a proliferação de fungos e bactérias
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O “chulé” é o odor desagradável da transpiração dos pés, cujo nome oficial é bromidrose. Essa palavra tem origem grega, da junção de bromus, que significa “cheiro ruim”, e hidros, que é “água”.

A transpiração em si não tem um odor desagradável, pois o suor é composto basicamente de água (99%), cloreto de sódio, ácidos carboxílicos de baixa massa molar, ureia, sais de ferro, potássio, amônio, ácido lático, proteínas e outros componentes. O problema é que na nossa pele, principalmente nos nossos pés, existem milhares de bactérias, que são micro-organismos unicelulares de tamanho microscópico (0,2 a 1,5 μm de comprimento).

As bactérias alimentam-se de pedaços da pele de nossos pés, do suor acumulado e também de óleos constituídos de ácidos graxos. Depois de se alimentarem desses ácidos graxos, elas produzem alguns ácidos carboxílicos que são os verdadeiros responsáveis pelo indesejado “cheiro de chulé”.


A causa do chulé são as bactérias presentes na pele

Um dos principais ácidos carboxílicos produzidos é o ácido valérico (C4H9—COOH) nome que vem do latim valere (“planta valeriana”) —, que também é o responsável também pelo cheiro do queijo roquefort.

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Outros compostos produzidos por essas bactérias que apresentam odor desagradável são o ácido butírico (C3H7COOH), o metanotiol (H3C-SH), a amônia (NH3) e a butanodiona.

Se a pessoa tem uma má higiene com os pés, o problema agrava-se, pois a quantidade de bactérias aumenta, tendo em vista que elas gostam de um ambiente quente e úmido, e a quantidade de óleos também se eleva.

Assim, para acabar com o cheiro de chulé ou pelo menos evitá-lo, você deve primeiramente lavá-los com água e sabão e secá-los bem, inclusive entre os dedos. Também é válida a utilização de sabonetes antibacterianos e fungicidas, pois impede a proliferação de bactérias na pele.

Além disso, para tratar o chulé, é importante o uso de talcos antissépticos que também atuam na degradação e inibição de fungos e bactérias. Esses produtos possuem como constituintes, por exemplo, o estearato de zinco, que mata os fungos, e o ácido bórico e benzoico, que deterioram as bactérias.

Lembre-se também de variar bastante os sapatos e de usar meias que permitam uma melhor ventilação para os pés.


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Escritor do artigo
Escrito por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Composição química do chulé e como tratá-lo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/composicao-quimica-chule-como-trata-lo.htm. Acesso em 16 de abril de 2024.

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