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Ártemis

Ártemis era uma deusa presente na mitologia grega e conhecida como a deusa da caça e da vida selvagem. Também era a protetora das mulheres em trabalho de parto.

Ilustração da deusa Ártemis com seu arco e flecha e acompanhada de dois cães de caça
Ártemis tinha uma forte relação com a caça e possuía um arco e flecha e cães de caça para a atividade.
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Ártemis era uma deusa da religiosidade dos gregos antigos e tinha certa presença nos mitos deles também. Era bastante cultuada por toda a Grécia, em especial, na cidade de Éfeso, onde possuía um grande templo. Essa construção foi considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Ártemis era a deusa da caça, da vida selvagem, da castidade, dos casamentos, entre outros. Ela tinha uma forte ligação com a caça, tendo no arco e flecha um de seus símbolos, além de possuir uma roupa que lhe permitia caçar e cães de caça. Os gregos também a consideravam a protetora das mulheres em trabalho de parto.

Confira no nosso podcast: 5 coisas que você precisa saber sobre os deuses gregos

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Ártemis

  • Ártemis era a deusa da caça, vida selvagem, castidade e dos nascimentos para os gregos na Antiguidade.

  • Tinha uma forte relação com a caça e possuía arco e flecha, cães de caça e uma roupa apropriada para a atividade.

  • Era considerada a protetora das mulheres em trabalho de parto.

  • Escolheu ser virgem e, por isso, não teve filhos nem se casou.

  • Era filha de Zeus e Leto, e irmã gêmea do deus Apolo.

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Quem é Ártemis?

Ártemis foi uma deusa da religiosidade dos gregos na Antiguidade e reconhecida como a representante da caça, da vida selvagem, da castidade, dos nascimentos, entre outros atributos. Além disso, os gregos a tinham como a protetora das mulheres jovens e das mulheres em trabalho de parto.

Os mitos gregos afirmam que Ártemis era filha de Zeus e Leto e irmã gêmea de Apolo, deus do Sol e da música. O nascimento dos irmãos foi fruto de uma relação extraconjugal de Zeus, casado com Hera. Os casos de Zeus enfureciam Hera, que procurava se vingar das amantes de seu marido.

No caso de Leto, Hera proibiu que ela desse à luz seus filhos onde a terra tocava, e, com isso, Leto só conseguiu ter seus filhos na ilha de Delos. No entanto, outra versão menciona que o nascimento de Ártemis teria acontecido em Ortígia. De toda forma, a proibição de Hera fez com que Leto sofresse com as dores do parto por dias.

Existem diferentes versões sobre o nascimento de Ártemis, uma afirmando que ela nasceu primeiro que Apolo e outra que ela nasceu junto do irmão. Ainda criança, Ártemis foi questionada por seu pai sobre o que ela gostaria de receber dele como presente. A pequena deusa fez uma lista de presentes que desejava receber de Zeus, entre eles:

  1. permanecer virgem para sempre;

  2. ter uma túnica que fizesse que suas pernas ficassem livres e que a permitisse caçar;

  3. receber um arco e flecha produzido por ciclopes;

  4. tornar-se dona de todas as montanhas do mundo;

  5. ganhar uma cidade;

  6. ganhar ninfas do oceano e náiades (ninfas de água doce) para cuidar dela e das suas coisas.

Os pedidos de Ártemis foram além desses, e Zeus concedeu-lhe todos. Como parte de seus pedidos, a deusa manteve-se virgem, não se casou nem teve filhos. Assim, Afrodite, deusa do amor e da beleza, não tinha influência sobre ela.

Ártemis tinha fortíssima relação com a caça, e muitos de seus atributos fazem essa relação. Ela possuía um arco e flecha utilizado na atividade, uma túnica curta também apropriada para tanto, além das suas dezenas de cães de caça. Ela também era relacionada com a vida e com animais selvagens, como o javali.

Além disso, os gregos recorriam a ela para garantir que as mulheres tivessem partos tranquilos, uma vez que ela era a deusa protetora das mulheres em trabalho de parto. Ironicamente, como vimos, Ártemis não teve filhos.

Leia mais: Teogonia e a origem dos deuses gregos

Ártemis na mitologia grega

A deusa Ártemis é mencionada em alguns mitos gregos e podemos começar destacando o papel dela na Guerra de Troia, narrada por Homero no poema épico Ilíada. Ela não teve uma posição de protagonismo nesse conflito, e esteve do lado dos troianos porque o seu irmão, Apolo, era o patrono de Troia. Um destaque desse conflito foi um embate travado entre Ártemis e Hera, com a primeira derrotada.

Existem outros mitos que a envolvem, como a tentativa de Órion, um caçador, de estuprá-la. Ártemis matou Órion como punição pela ação violenta. Ela também puniu o caçador Actéon por tê-la avistado nua enquanto ela se banhava em uma fonte, transformando-o em um veado, e ele foi morto pelos seus colegas de caça.

Ártemis também puniu Níobe, esposa de Anfião, rei de Tebas. Aquela havia tirado sarro de Leto, mãe de Ártemis e Apolo, vangloriando-se de ter maior capacidade de gerar filhos. Isso porque Níobe teve sete filhos e sete filhas, enquanto Leto só teve um de cada. Ártemis usou flechas envenenadas para matar as filhas de Níobe como punição.

Ela também puniu Calisto, uma jovem que fazia parte de sua comitiva de caça. Calisto foi seduzida por Zeus, manteve relações com ele e engravidou. Ao descobrir, Ártemis ficou furiosa e decidiu transformar a jovem em uma ursa. Outras versões afirmam que foi Hera quem transformou Calisto em uma ursa.

Ártemis na religiosidade grega

Ártemis era uma das deusas de maior veneração entre os gregos antigos e seu culto se espalhou por toda a Grécia, chegando até mesmo aos romanos, que a chamavam de Diana. Os historiadores afirmam que o culto a Ártemis entre os gregos possuía forte elementos do culto a outras deusas, como Ísis e Cibele.

O culto a Ártemis se centralizava em Éfeso, cidade grega na Ásia Menor (atual Turquia) que possuía um grande templo em homenagem a essa deusa. O Templo de Ártemis em Éfeso era duas vezes maior que o Partenon, templo em homenagem a Atena, na cidade de Atenas. Suas grandes dimensões fizeram dele uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Além disso, havia cultos importantes à deusa da caça em locais como Brauro, Delos e Esparta. Ela também era cultuada em importantes festivais em diferentes partes da Grécia Antiga, como o Festival de Amarísia.

 

Por Daniel Neves
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Ártemis"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/mitologia/artemis.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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