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Revolução Francesa - Assembleia Nacional

A Batalha de Valmy: o primeiro triunfo do exército revolucionário francês
A Batalha de Valmy: o primeiro triunfo do exército revolucionário francês
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A mobilização de toda França em torno das mudanças, com a convocação dos Estados-gerais, abriu portas para o início das reformas políticas. A resistência monárquica acabou radicalizando esse processo com a queda da Bastilha e as diversas revoltas que se espalharam pelo território francês. O amplo apoio popular deu condições para que uma nova constituição fosse redigida por uma Assembleia Nacional.

A Assembleia Nacional, estabelecida entre 1789 e 1792, aboliu o voto por estamento e deu condições para que novas práticas fossem fixadas ao contexto político francês. Contando com a intensa participação da burguesia e dos camponeses, a Revolução ganhava força nas ruas, campos e instituições francesas. As leis que garantiam os privilégios nobiliárquicos foram abolidas, trazendo maior igualdade de direitos entre os franceses.

Em 26 de agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão deu fim a qualquer dispositivo legal que diferenciava juridicamente as classes sociais francesas. Inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos, o documento francês primava pela defesa da igualdade e da fraternidade. Apesar disso, a declaração ainda assegurava o direito de propriedade que preservou as posses da nobreza provincial.

Resistente às transformações, o rei Luís XVI negou-se a aprovar os termos da Declaração. Tal recusa provocou uma temerosa reação dos populares que tomaram o Palácio de Versalhes, forçando o rei a se mudar para o Palácio das Tulherias. No ano de 1790 o clero teve sua situação alterada com a Constituição Civil do Clero. Através deste documento, os clérigos transformaram-se em funcionários públicos subordinados ao Estado. Além disso, as terras clericais foram confiscadas e serviram de lastro para a criação de uma nova moeda, as assignats.

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Mapa Mental - Revolução Francesa

Mapa Mental: Revolução Francesa

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Em 1791, uma nova constituição começou a vigorar na França. De acordo com seus termos, o governo passaria a ser comandado por uma monarquia constitucional. O poder passou a ser exercido pelos três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Apesar de limitar os poderes reais e abolir os privilégios, o novo governo foi dominado por um processo de aburguesamento das instituições, garantido por meio do voto censtário. A antiga união de interesses do Terceiro Estado agora não seria mais a mesma.

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Os integrantes da assembleia antes mobilizados em torno do Terceiro Estado, agora se dividiam em dois novos grupos. Os jacobinos eram integrados por setores da pequena e média burguesia. Politicamente tinham uma posição mais radical que os girondinos, compostos por integrantes da alta burguesia que comandaram as reformas da nova monarquia constitucional.

Nas ruas os sans-cullotes promoviam a agitação dos centros urbanos e defendiam a adoção de medidas de caráter puramente popular. Desprovidos de um projeto político mais amplo mobilizavam-se em torno de reivindicações imediatistas como o tabelamento do preço dos alimentos. Tornando-se com grande poder de mobilização política, os sans-cullotes receberam o apoio político dos jacobinos.

O fim da antiga configuração sócio-política da França colocou a nobreza e a monarquia em situação desfavorável. Muitos senhores de terras abandonaram o país temendo a radicalização da revolução. As demais monarquias européias, temendo a expansão do ideal revolucionário, já ensaiavam uma contra-revolução. Objetivando buscar apoio de outras monarquias nacionais, o rei Luís XVI tentou fugir do país, sendo descoberto na cidade de Vernnes.

Esperando a invasão de outras nações européias, os revolucionários formaram um grande exército popular. Ao mesmo tempo, o insucesso da política econômica do novo governo potencializava as alas mais radicais. A invasão dos impérios austríacos e prussianos, em 1792, motivou a convocação do povo às armas. Liderados por Danton, Robespierre e Marat, o exército popular ordenou a execução de membros da nobreza.

Na Batalha de Valmy, de 20 de setembro de 1792, os exércitos contra-revolucionários foram vencidos pelo povo francês. Um inflamado sentimento nacionalista tomou conta dos participantes da revolução. Tomando as instituições de assalto, um novo governo tomou conta do país. A república foi instituída com a criação da chamada Convenção Nacional. Os jacobinos ganharam grande apoio político e o rei Luís XVI, considerado traidor, foi condenado à morte.

 

Por Rainer Sousa
Graduado em História

*Mapa Mental por Daniel Neves
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Revolução Francesa - Assembleia Nacional"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-francesa-assembleia-nacional.htm. Acesso em 23 de abril de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

(Unicentro)  “Para o historiador, todos os acontecimentos, mesmo os remotos, têm atualidade e vida. Mas isso é ainda mais verdadeiro no caso da Revolução Francesa de 1789, que transformou o modo de vida até daqueles que pouco souberam ou sabem sobre ela, até hoje em dia. Não será exagero dizer que ela ajudou a dar forma ao mundo ocidental contemporâneo, moldando as instituições e os ideais que nos animam e que consideramos universais.” (GRESPAN, Jorge. Revolução Francesa e Iluminismo. São Paulo: Contexto, 2003. p. 9.)

Sobre a Revolução Francesa, é correto afirmar.

a) A Revolução Francesa ocorreu em meio a uma crise econômica e foi produto de revoltas de burgueses, camponeses e trabalhadores urbanos.

b) A Revolução Francesa é considerada a primeira Revolução Comunista, pois, até hoje, esse sistema molda as instituições no mundo ocidental.

c) Foi uma revolução comandada por Napoleão Bonaparte, que, influenciado pelo Iluminismo, organizou um golpe de estado contra Luiz XVI.

d) A Revolução Francesa foi um movimento caracterizado pelo terror, organizado pelo revolucionário Robespierre, em apoio ao absolutismo de Luiz XVI.

e) Trata-se de uma revolução burguesa, inspirada no iluminismo e comandada por Robespierre, na qual o Czar Nicolau II foi executado na guilhotina.

Exercício 2

(PUC-RJ) Estendendo-se entre 1789 e 1799, a Revolução Francesa foi um período de intensa experimentação política e social que transformou de maneira irreversível as ideias e práticas anteriores, estabelecendo, assim, um marco de ruptura na história do mundo ocidental. Sobre esse período, considere as afirmativas abaixo:

I. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão proclamou a liberdade e igualdade naturais dos homens.

II. A Assembleia Nacional Constituinte aboliu o sistema feudal, eliminando antigos privilégios da nobreza.

III. A sanção da Constituição Civil do Clero subordinou a igreja e seus sacerdotes ao Estado.

IV. Durante a Convenção, a escravidão foi abolida nas colônias francesas.

ASSINALE:

a) Se todas as afirmativas estiverem corretas.

b) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

c) Se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

d) Se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

e) Se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.