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Osama bin Laden

Osama bin Laden foi um terrorista saudita, conhecido por ter sido um dos fundadores da Al-Qaeda e um dos idealizadores dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Osama bin Laden com uma barba longa e grisalha, vestido com roupa militar e turbante na cabeça.
Osama bin Laden foi um terrorista saudita, líder da Al-Qaeda e idealizador dos atentados de 11 de setembro de 2001. [1]
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Osama bin Laden foi um terrorista saudita, conhecido por ser um dos fundadores e líder da Al-Qaeda, a organização terrorista responsável por realizar os atentados de 11 de setembro, que causaram a morte de cerca de três mil pessoas nos Estados Unidos. Seu ressentimento contra os Estados Unidos teve início na Guerra do Golfo.

Originário de uma família bilionária que atuava no ramo da construção, bin Laden estudou Administração e Economia, mas ingressou no fundamentalismo durante a Guerra do Afeganistão. Por suas críticas à monarquia saudita, foi expulso do país. Foi assassinado por militares norte-americanos em uma operação no Paquistão.

Leia também: Malala Yousafzai — a mulher que desafiou o Talibã

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Osama bin Laden

  • Osama bin Laden foi um terrorista saudita conhecido por ser um dos fundadores da Al-Qaeda.

  • Nasceu em uma família bilionária que atuava no ramo da construção.

  • Abandonou sua graduação para ingressar na luta fundamentalista contra os soviéticos no Afeganistão.

  • Fundou a Al-Qaeda no final da década de 1980, com o intuito de dar continuidade à jihad.

  • Foi um dos idealizadores dos atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos.

  • Foi assassinado por uma operação militar realizada pelos Estados Unidos no Paquistão, em 2011.

Quem foi Osama bin Laden?

Osama bin Laden ficou internacionalmente conhecido como o líder de uma organização fundamentalista islâmica que foi responsável por inúmeros atentados terroristas, conhecida pelo nome de Al-Qaeda. Bin Laden ficou especialmente famoso por ser um dos idealizadores dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que causaram milhares de mortes nos Estados Unidos.

Saudita, bin Laden era herdeiro de uma grande fortuna, que usou para suas atividades fundamentalistas. Participou da Guerra do Afeganistão lutando contra os soviéticos, atuando também no Sudão. Depois da guerra no Afeganistão, se aliou ao Talibã. Passou os últimos anos de sua vida escondido no Paquistão, onde foi morto por uma operação militar norte-americana.

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Origens de Osama bin Laden

Osama bin Laden nasceu em Riad, na Arábia Saudita, em 10 de março de 1957. Ele era filho de Muhammad bom Awad bin Laden, um iemenita que emigrou para a Arábia Saudita e ficou bilionário ao se tornar um empreiteiro. A mãe de bin Laden era Hamida al-Attas, conhecida por ser a décima esposa do pai de bin Laden.

A família de bin Laden tinha um relacionamento muito próximo com a família real saudita. O jovem bin Laden cresceu em um ambiente sunita, tendo acesso à melhor educação possível. Ingressou na Universidade do Rei Abdulaziz, matriculando-se para estudar Administração e Economia. Bin Laden, no entanto, não finalizou seus estudos universitários.

Veja também: Estado Islâmico — outro grupo terrorista baseado no fundamentalismo islâmico

O que Osama bin Laden defendia?

Durante a sua juventude, bin Laden teve contato com grupos religiosos conservadores, e uma de suas grandes preocupações era com assuntos religiosos. Além disso, durante a sua fase acadêmica, teve contato com Abdullah Azzam, professor e teólogo que era defensor de uma jihad radical. Osama bin Laden também tinha acesso a literatura que defendia ideais islâmicos fundamentalistas, como os escritos de Sayyid Qutb.

Em 1979, o início do conflito no Afeganistão concretizou a radicalização de Osama bin Laden. Esse conflito se iniciou como resultado do embate do governo socialista do Afeganistão com uma parcela profundamente conservadora da população afegã. A rejeição de grupos conservadores com a reforma promovida pelos socialistas no Afeganistão levou ao início de um conflito.

Essa parcela conservadora formou grupos rebeldes, chamados mujahidin. A União Soviética, temendo que esses rebeldes destituíssem os socialistas do poder, decidiu invadir o Afeganistão em 1979. Esse embate mobilizou grupos islâmicos em diferentes países muçulmanos para defender os mujahidin e expulsar os soviéticos do território afegão.

Osama bin Laden foi um dos milhares de muçulmanos que decidiram ir ao Afeganistão para lutar contra os soviéticos. Lá, ele fundou o Maktab al Khidmat lil Mujahidin al-Arab (MAK), junto a Abdullah Azzam, cujo objetivo era recrutar soldados para lutar contra os soviéticos e fornecer apoio militar aos mujahidin. Bin Laden manteve seu grupo usando recursos próprios.

Além disso, a luta promovida pelos mujahidin afegãos contou com o apoio do exército e do serviço de inteligência do Paquistão e com o apoio financeiro e armamentístico do governo norte-americano, interessado em enfraquecer a União Soviética por meio desse conflito. O envolvimento de bin Laden com o embate também permitiu que ele enriquecesse.

Osama bin Laden e a criação da Al-Qaeda

O sucesso do MAK, além de garantir o enriquecimento de bin Laden, fez com que ele fundasse inúmeras bases militares no Afeganistão, de maneira permanente, com o intuito de perpetuar a luta entendida por ele como parte da jihad. A criação da Al-Qaeda aconteceu para estabelecer uma organização que atuasse como uma milícia que daria apoio permanente às nações muçulmanas.

Além de bin Laden e Azzam, a Al-Qaeda contou com outra figura muito importante para sua fundação: Ayman al-Zawahiri. A fundação da Al-Qaeda aconteceu em algum momento entre os anos de 1988 e 1989. Em 1989, bin Laden retornou à Arábia Saudita, dando continuidade aos negócios da família, mas seguiu com a Al-Qaeda para perpetuar a jihad.

Ao retornar para a Arábia Saudita, bin Laden entrou em choque com a família real saudita e o governo norte-americano. Em 1990, o Kuwait foi invadido pelas tropas iraquianas, o que alarmou a Arábia Saudita, que temia também ser invadida nesse processo. O governo saudita solicitou ajuda dos Estados Unidos, o que foi considerado inadequado por bin Laden.

Ele não concordava que infiéis (soldados norte-americanos) pisassem em solo sagrado (Arábia Saudita). O governo saudita não acatou as críticas de bin Laden e passou a atuar para silenciá-lo. A continuidade das críticas de bin Laden ao governo saudita fez com que ele fosse expulso da Arábia Saudita em 1991. Em 1994, ele perdeu sua nacionalidade saudita, tornando-se apátrida.

Videoaula sobre Osama bin Laden e a Al-Qaeda

Saiba mais: A Guerra ao Terror declarada pelos Estados Unidos após o 11 de setembro

Osama bin Laden e os ataques terroristas de 11 de setembro

Com a expulsão, bin Laden se estabeleceu no Sudão, convertendo-se em inimigo da Arábia Saudita e dos Estados Unidos. A partir disso, ele concentrou sua jihad contra a presença norte-americana no Oriente Médio. A presença de bin Laden no Sudão tornou-se um problema para esse país, intensamente pressionado pelos Estados Unidos e pela Arábia Saudita para que ele fosse expulso de lá.

Bin Laden retornou ao Afeganistão, em 1996, e lá emitiu uma fatwa, um pronunciamento com base na lei islâmica. Nesse pronunciamento, ele declarou guerra contra os Estados Unidos por ocuparem território sagrado. A partir daí, os ataques da Al-Qaeda contra os Estados Unidos se intensificaram. No Afeganistão, bin Laden aliou-se ao Talibã.

As torres do WTC em chamas após serem atingidas por aviões comerciais em um atentado orquestrado por Osama bin Laden.
Após os atentados terroristas, os EUA iniciaram uma verdadeira caçada pela captura e morte de Osama bin Laden. [2]

Em 2001, Osama bin Laden e a Al-Qaeda realizaram o seu feito mais ousado: organizaram atentados simultâneos contra diferentes locais dos Estados Unidos. Os atentados de 11 de setembro resultaram no lançamento de dois aviões contra o World Trade Center (um avião para cada torre), em Nova York. Além disso, um avião foi lançado contra o Pentágono, e um quarto avião caiu na Pensilvânia, mas especula-se que ele seria lançado contra o Capitólio.

Os ataques de 11 de setembro causaram a morte de quase três mil pessoas, e rapidamente a Al-Qaeda e Osama bin Laden assumiram a autoria do atentado. Isso fez de bin Laden um grande inimigo norte-americano, o qual se tornou alvo de uma grande operação militar que resultou na invasão do Afeganistão, em 2001.

Morte de Osama bin Laden

Depois dos atentados de 11 de setembro, Osama bin Laden passou dez anos se escondendo no interior do Afeganistão e do Paquistão. Em agosto de 2010, bin Laden foi encontrado em Abbottabad, cidade do Paquistão. O serviço de inteligência norte-americano realizou a descoberta e manteve monitoramento da casa em que ele se abrigava durante meses.

Em 2 de maio de 2011, uma operação militar foi realizada na madrugada, e o local foi invadido por soldados norte-americanos. Osama bin Laden foi morto pelas forças norte-americanas, seu corpo foi recolhido e lançado no oceano. O anúncio da morte de Osama bin Laden foi realizado pelo presidente norte-americano na ocasião, Barack Obama. Para saber mais sobre esse tópico, clique aqui.

Créditos das imagens

[1] Hamid Mir / Wikimedia Commons

[2] Robert J. Fisch / Wikimedia Commons

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Osama bin Laden"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/osama-bin-laden.htm. Acesso em 16 de abril de 2024.

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