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Projeção Descontínua de Goode

A projeção descontínua de Goode interrompe as áreas dos continentes em benefício das superfícies continentais.

Mapa-múndi na Projeção Descontínua de Goode *
Mapa-múndi na Projeção Descontínua de Goode *
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A Projeção Descontínua de Goode, também conhecida como Projeção Interrompida de Goode ou Projeção de Homolosine de Goode, é uma projeção cartográfica elaborada pelo cartógrafo e geógrafo estadunidense John Paul Goode (1862-1932), sendo do tipo cilíndrico e caracterizada por apresentar um mapa-múndi visivelmente deformado em função de “cortes” existentes em áreas oceânicas.

Goode trabalhou durante muitos anos sob a preocupação de produzir uma projeção cartográfica que valorizasse as áreas continentais tanto em suas formas quanto em suas áreas. Essa era uma contraposição à projeção elaborada por Mercator, muito utilizada pela navegação por privilegiar as áreas oceânicas.

Dessa forma, em 1916, Goode chegou ao seu resultado, que foi encontrado após segmentar algumas áreas dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico, de forma que a maior parte das terras emersas mantinha-se totalmente conservada, à exceção da Groelândia e da Antártida. Porém, a região noroeste da Ásia teve suas formas distorcidas. Em razão de seu aspecto, a projeção interrompida é comumente associada a cascas de laranja em pedaços sobre uma área plana, uma vez que algumas partes ficam desconectadas entre si, ficando impossível uni-las novamente.

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Sabe-se que todas as projeções cartográficas, por serem representações planas de uma área esférica, apresentam inevitáveis distorções, e o caso da projeção descontínua não é diferente. Por esse motivo, ela apresenta algumas vantagens e desvantagens.

Entre as vantagens dessa projeção, podemos citar a sua utilização para a produção de mapas temáticos concernentes a fenômenos estritamente terrestres, como a distribuição de indústrias e a distribuição das grandes cidades pelo mundo. Entre as desvantagens estão a impossibilidade de se calcular distâncias intercontinentais, representar áreas oceânicas e polares, bem como visualizar toda a massa terrestre em conjunto.

A Projeção Descontínua de Goode é, dessa forma, mais um exemplo de como as projeções cartográficas devem ser diferentemente aproveitadas, adequando suas características ao uso que delas será realizado, cabendo ao elaborador dos mapas avaliar os critérios para realizar a melhor escolha possível.

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* Créditos da Imagem: Strebe/Wikimedia Commons


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PENA, Rodolfo F. Alves. "Projeção Descontínua de Goode"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/projecao-descontinua-goode.htm. Acesso em 20 de abril de 2024.

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