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Antimatéria

A antimatéria é composta por antipartículas que possuem as mesmas características das partículas elementares, mas com carga elétrica de sinal oposto.

Representação da expansão do universo em referência à antimatéria.
Entender a antimatéria pode auxiliar na compreensão da criação e expansão do universo.
Crédito da Imagem: Shutterstock
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A antimatéria é, literalmente, o inverso da matéria. Aquilo que chamamos de antimatéria são corpos formados por partículas que apresentam as mesmas características das partículas presentes em nosso dia a dia, porém com carga elétrica de sinal oposto. A antimatéria do elétron é o pósitron, partícula positiva que possui mesmo tamanho e a mesma massa do elétron.

Atualmente, a ciência conhece vários tipos de partículas elementares que constituem tudo à nossa volta. Assim, para cada tipo de partícula, existe uma antipartícula correspondente, e o resultado do encontro da matéria com a antimatéria seria a aniquilação, o que ocasionaria a liberação de altas quantidades de energia.

Logo após o big-bang, a quantidade de matéria criada deveria corresponder, em tese, a uma quantidade igual de antimatéria, assim, o universo nunca deveria ter sido formado e haveria, em seu lugar, um eterno mar de energia. A ciência ainda busca a resposta para esse mistério.

As leis da Física são simétricas, portanto, devem seguir os mesmos parâmetros se forem aplicadas à antimatéria. Nesse sentido, poderiam existir mundos completamente formados por antimatéria, e tudo lá seria exatamente igual a tudo o que vivemos em nossa realidade.

Tópicos deste artigo

Descoberta da antimatéria

Os trabalhos realizados por Paul Dirac (1902-1984), na primeira metade do século XX, descreveram o comportamento relativístico dos elétrons. Tais teorias conduziram Dirac à previsão da existência das antipartículas. Em 1933, esse cientista ganhou o Nobel de Física.

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Em 1932, Carl David Anderson (1905-1991), ao realizar pesquisas sobre os raios cósmicos, descobriu a existência do pósitron, a antipartícula do elétron. Em 1955, o antipróton foi descoberto por Owen Chamberlain e Emilio Segrè a partir da análise de feixes de radiação altamente energéticos. Os primeiros átomos de antimatéria foram criados em 1955 por cientistas europeus, e, nessa ocasião, foram produzidos nove átomos de anti-hidrogênio.

Para que serve a antimatéria?

Atualmente, a principal aplicação para a antimatéria é a detecção de tumores feita a partir do exame PET-SCAN. A imagem tridimensional de um tumor pode ser produzida pela energia luminosa que surge do contato de pósitrons com os elétrons que constituem o corpo humano.

Imagem obtida por meio de uma tomografia por emissão de pósitrons
magem obtida por meio de uma tomografia por emissão de pósitrons.

O exame PET-SCAN, ou tomografia por emissão de pósitrons, é determinante para o completo e preciso diagnóstico de um possível tumor.

Entender o mundo das antipartículas pode fazer a ciência compreender como a matéria, que forma nosso universo, prevaleceu sobre uma igual quantidade de antimatéria produzida no momento da grande explosão que deu origem a tudo. A antimatéria é, portanto, crucial para a resposta à pergunta de como tudo começou e como tudo se desenvolveu.

Escritor do artigo
Escrito por: Joab Silas da Silva Júnior Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

JúNIOR, Joab Silas da Silva. "Antimatéria"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/antimateria.htm. Acesso em 23 de abril de 2024.

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