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Formação de formadores em educação ambiental via modalidade EAD

Formação de formadores em educação ambiental via modalidade EAD
Formação de formadores em educação ambiental via modalidade EAD
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A presente pesquisa consiste na elaboração de um projeto em Educação a Distância (EAD). Nossa intenção é descrever uma proposta de formação continuada na modalidade de EAD, a qual possa proporcionar a elaboração de práticas sustentáveis no Município de Maracanaú/Ce acerca das questões ambientais a partir de intervenções planejadas. A pesquisa apresentada foi investigada mediante pesquisa bibliográfica e documental. Na realidade o projeto, trata de um programa que surge numa perspectiva, em que a Educação Ambiental deve romper o conceito de uma prática formal, articulando ações para a efetivação de intervenções comprometidas com mudanças de atitudes acerca da construção de um meio norteado pela cultura de paz entre homem-natureza, repensando, via educação, a necessidade de políticas públicas norteadas por uma qualidade de vida, com inclusões, enquanto projeto piloto a temática não se esgota, logo, propiciando uma discussão, futuramente, aprofundada com a coleta de dados primários em campo, ou algo, nesse sentido. Assim, encontramos meios que rompem com o comodismo e ausência de sensibilização acerca das problemáticas anunciadas, integrando os envolvidos por uma relação harmoniosa em nosso planeta, despertando-os para uma consciência ecológica.


INTRODUÇÂO

Diante das transformações que vêm acontecendo em nossa sociedade, podemos considerar que estamos vivendo tempos de discussão que nos permitem refletir sobre a saúde do planeta. De modo geral, acerca das políticas educacionais, identificamos uma preocupação com a inserção de uma classe atuante na sociedade, em que a inclusão é um meio que favorece potencialidades de uma sociedade mais justa, igualitária para todos.

A globalização é anunciada em tempos de modernidade como processo de universalização de povos, em todos âmbitos culturais, econômicos, sociais, ambientais, tendo caráter inclusivo, quer em tempo e espaço. A presente realidade gera uma resignificação de valores culturais, políticos-sócios-econômicos e ambientais, nos quais fomentam uma crítica dialética sobre, realmente, nossa inserção em uma sociedade totalmente dualista e seletista. Esta crítica parte de um contexto que prega uma sociedade justa para todos, onde a educação mediatiza relações de conhecimento e trabalho, sendo através destes pontos principais, entre outros, a presença ativa do homem nesta universalização de mundos econômicos, políticos, sociais e culturais, ou seja, apesar da globalização ter uma perspectiva inclusiva de partilhamento de valores e conceitos globais, ela não é inclusiva.

Os efeitos catastróficos que surgem em nosso planeta pela industrialização, principalmente pela falta de sensibilização por uma cultura de paz, comprometida com a qualidade de vida a partir de práticas ambientais, vêm gerando um descaso que compromete a saúde do planeta. O aquecimento global, a desertificação, as condições climáticas, a poluição, a exclusão social, a desordenação econômica etc, são conseqüências provocadas pela atuação do homem na natureza, de forma que compromete o estado de convivência do homem-natureza, logo percebemos a necessidade de uma intervenção não só por meio da preservação, mas mudança de valores por ações sócio-ecológicas em nossa sociedade.

O sistema educacional tem um papel fundamental em fazer entender o atual cenário mundial, em particular as questões ambientais. Sua contribuição surge com uma reflexão crítica sobre tal problemática, fomentando uma discussão sobre a formação de cidadãos protagonistas de uma realidade difícil a ser encarada, ou seja, a universalização que não acontece de forma que possa incluir nações em questões de igualdades, em que as diversidades existentes devam existir, porém respeitadas.

Em contrapartida, de acordo com Castro (1999, p. 134), a educação enquanto prática social constitui-se mediação fundamental para a vida no planeta. Isto porque, pela via educativa, tenta-se contribuir para a integração entre o conhecimento científico e o saber popular, visando minimizar a exclusão social e a degradação sócio-ambiental. Neste contexto, a EA revela-se como uma necessidade imperiosa, não apenas para garantir a existência humana no planeta, mas para construir uma sociedade harmônica e respeitosa com as demais espécies e com o meio que nos sustenta.

Por outro lado, desde 1988, a Constituição Brasileira prevê a promoção da EA em todos os níveis de ensino. Apesar de iniciativas bem sucedidas em vários locais do país não se implantou efetivamente, até o momento, uma política de Educação Ambiental. Carência de recursos, condições precárias de trabalho e insuficiente formação de profissionais do ensino básico são alguns dos entraves mais graves neste campo.

Mesmo sendo a EA um dever de todos, conforme previsto em lei, a educação escolar constitui espaço privilegiado para a sensibilização de toda uma população no que diz respeito à problemática ambiental, de modo que problemas ambientais sejam percebidos em função, também, dos interesses e valores que constituem alguns de seus determinantes, visando intervenções sobre tais problemas, para que os mesmos sejam solucionados.

No entanto, no ensino atual, os currículos ainda são organizados em disciplinas tradicionais, que conduzem o aluno apenas a um acúmulo de informações e não à visão holística do mundo, conforme preconizam os Parâmetros Curriculares Nacional (PCN’s) e objetiva a Educação Ambiental.

A partir dos comentários anteriores, fazendo reflexão ao surgimento das tecnologias de informação e comunicação, com características que tem intenção de gerar possibilidades, podemos identificar mais uma tendência que vem se perpetuando, somando-se ao multiculturalismo existente, hoje, como requisito para superação de distâncias, onde viabilize o processo de globalização, a EAD. De acordo com Edith Litwin (2001), a EAD pode ser considerada como uma modalidade de ensino com características específicas, caracterizando-se pela utilização de uma multiplicidade de recursos pedagógicos, objetivando a construção do conhecimento, na qual apresenta excelentes possibilidades da modalidade para a educação permanente.

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Nesse entendimento, as novas tecnologias e técnicas de ensino, bem como os estudos modernos sobre os processos de aprendizagem, fornecem recursos mais eficazes para atender e motivar os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Porém, para muitos educadores, esses recursos ainda apresentam-se como companheiros estranhos, embora se reconheça que a sua utilização no processo está se tornando cada vez mais relevante. Assim, é necessária a presença desses recursos nos cursos de formação de professores e/ou como meio pedagógico para potencialização de competências e habilidades.

Dentre as questões mais discutidas no mundo contemporâneo, a educação figura com um importante espaço na mídia em geral, juntamente com os principais problemas ambientais. Diante disso, o presente projeto visa conhecer a interface entre o ensino formal e a abordagem da temática ambiental, proporcionando a partir de uma formação continuada na modalidade de EAD aos professores das instituições públicas da Educação Básica do Município de Maracanaú-Ce uma rede de interação, a qual possibilite a construção de ações e intervenções ambientais no cenário educativo, logo, provocando a sensibilização necessária, para nos tornamos multiplicadores da problemática em questão.

METODOLOGIA

Pensando na formação de professores a partir de uma prática contextualizada comprometida com uma sensibilização em relação a mudanças de postura no cenário educativo, promovendo espaço de trocas acerca da problemática em questão, é que recorremos a uma formação continuada com professores da Educação Básica de Ensino do Município de Maracanaú-Ce, na modalidade à distância. Trabalharemos com uma metodologia participativa, que promova uma ética sócio-ecológica e nos conduza para transformações empoderadoras dos indivíduos e grupos. Enfatizaremos a simplicidade do natural, de materiais didático-pedagógicos, do diálogo e de compartilhar experiências e conhecimentos.

A metodologia será aberta e replicável, podendo ser recriada em um AVA. Usaremos uma ferramenta, ambiente Moodle, com a possibilidade de ampliá-la com a ajuda de uma diversidade de outros materiais elaborados pelos participantes das próprias atividades.
Propomos que todas instâncias do AVA – especialistas, técnicos da educação, formadores, professores – trabalhem com materiais, experiências e documentos trazidos pelos participantes em sua bagagem acumulada de vida. Propiciaremos momentos de interações que não visem só atingir objetivos relacionados ao desenvolvimento de competências e habilidades na construção de técnicas ambientais, mas comprometimento em assumir novas posturas, atitudes e valores condizentes a necessidade do público-alvo, enquanto integrante de um processo maior.

A tutoria destinada à formação deverá fazer apropriação de instrumentos que garantam a interação no AVA a partir da interatividade com as ferramentas tecnológicas disponíveis, viabilizando a construção de uma comunidade virtual, norteada por uma nova concepção do fazer pedagógico. A formação com os professores da rede de ensino do município deve ser constituída num ambiente de diálogo a partir das ferramentas mediáticas, fazendo apropriação de fundamentação teórica disponibilizada no AVA, utilizando os momentos presenciais para estruturar propostas pedagógicas que fomentem em intervenções, disseminando critérios de convivência e conduta em nossa comunidade, dando feedback através de sínteses direcionadas, considerando a autonomia do conhecimento fundamental em todo processo.

As ações a serem executadas em todo processo de implementação da formação continuada na modalidade de EAD devem ser norteadas por uma proposta político pedagógica com uma concepção dialética, visando à autonomia, democratização, descentralização, coletividade de atuações. Serão desenvolvidas em três etapas: preparação, implementação e síntese, composta por técnicos da educação do município, parceria com uma instituição acadêmica, Secretária Municipal do Meio Ambiente e especialistas. Toda avaliação de um projeto, tendo-se em vista ou não a sua execução, leva sempre em consideração a relação custo-benefício, ou seja, o financiador quer saber se o resultado a ser obtido vai compensar o valor a ser desembolsado.

Para a execução deste projeto, o mesmo deverá ser submetido à aprovação formal do município ou instituição interessada. O curso será realizado em datas previamente acordadas com a Secretaria ou outra instituição. Após a formalização de instrumento de contrato entre as duas partes.Os recursos utilizados para criação e implementação de uma formação continuada na modalidade de EAD na atual estrutura são de ordem humana, técnica e material. Portanto, listamos materiais de uso geral, pessoal e materiais tecnológicos com uma breve descrição de suas necessidades para apreciação da Prefeitura Municipal de Maracanaú, enquanto campo de pesquisa, juntamente com alguma instituição acadêmica que possa subsidiar nossa proposta de trabalho, quer científico.

Escritor do artigo
Escrito por: Gabriela Cabral da Silva Dantas Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. "Formação de formadores em educação ambiental via modalidade EAD"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/formacao-formadores-educacao-ambiental-via-modalidade-.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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