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PIB do Brasil

O PIB brasileiro registrou um valor de R$ 7,4 trilhões no ano de 2020. Os dados foram divulgados pelo IBGE, responsável pelo cálculo desse indicador no país.

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O PIB do Brasil é atualmente de R$ 7,4 trilhões. O cálculo desse indicador é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e leva em consideração todos os serviços e os bens finais produzidos no país durante um intervalo de tempo, que normalmente é de um ano ou de três meses, podendo variar.

Leia também: Brasil: subdesenvolvido ou emergente?

Tópicos deste artigo

Como é feito o cálculo do PIB do Brasil?

O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é feito periodicamente pelo IBGE, que também realiza a sua divulgação. O IBGE calcula o PIB do Brasil por meio de diversos níveis territoriais e os dados ficam disponíveis para a consulta pública.

Para se chegar ao valor final do PIB, o IBGE leva em consideração o montante, em reais, de todos os serviços e bens que são produzidos pelo país (ou área territorial determinada) em um intervalo de tempo. Esse tempo é comumente de um ano ou de três meses, o que é importante para que se tenha um quadro detalhado da evolução da economia brasileira, tornando as análises conjunturais mais efetivas.

O cálculo do PIB brasileiro é atualmente feito pelo IBGE.
O cálculo do PIB brasileiro é atualmente feito pelo IBGE.

Como forma de evitar que os mesmos valores sejam contabilizados mais de uma vez, o IBGE reforça que são considerados no cálculo do PIB apenas os bens e os serviços finais, ou seja, as matérias-primas empregadas na fabricação de um determinado objeto, por exemplo, não são consideradas, somente o produto em sua forma acabada. Dessa forma, o PIB pode ser calculado a partir da oferta (ou riquezas), da demanda e da renda.

A oferta consiste na soma de toda a produção do país em período de tempo previamente delimitado. Essa produção é aquela oriunda dos três setores da economia: primário, referente à agropecuária; secundário, à indústria; e terciário, que reúne o comércio e os serviços. Conforme destacado acima, apenas os produtos finais são considerados para fins de cálculo, evitando, assim, a duplicação de valores.

A demanda diz respeito ao consumo, tanto das famílias quanto do governo, e às despesas efetuadas, sendo essas referentes aos gastos governamentais de um modo geral, à balança comercial e aos investimentos efetivados pelas empresas. A renda, por sua vez, é expressa pela soma das remunerações e rendimentos, o que representa os salários pagos aos trabalhadores, os juros, os lucros das empresas e os aluguéis.

O IBGE se utiliza tanto de dados próprios quanto de dados produzidos por outros órgãos para a composição do PIB. A publicação dos resultados acontece sempre no início do ano, e as informações são referentes ao ano anterior.

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Evolução do PIB do Brasil

O PIB do Brasil para o ano de 2020 foi de R$ 7,4 trilhões. A economia do país registrou uma queda de 4,1% em 2020 comparativamente a 2019, sendo esse o seu pior resultado em um período de 25 anos, considerando o início da série histórica do IBGE.

Diversos fatores interferem na dinâmica econômica do país e contribuem diretamente para as flutuações no valor do PIB. Esses fatores podem estar atrelados tanto às conjunturas política e econômica externas quanto a questões inerentes ao Brasil. Um dos exemplos é a crise econômica desencadeada em 2008, que afetou diretamente o desempenho de diversas economias, inclusive a brasileira.

Em 2016, todos os setores da economia entraram em queda, e o resultado foi a retração do PIB. No ano anterior, 2015, apenas a agropecuária havia apresentado valores positivos|1|. Após um breve período de recuperação, o PIB do Brasil sofreu novamente recuo entre 2019 e 2020. O motivo associado é a pandemia do coronavírus e os seus efeitos diretos sobre a vida cotidiana, o consumo das famílias, o funcionamento dos serviços e a produção industrial.

Fonte: IBGE.

Tendo em vista a forma como se dá a propagação do vírus e as recomendações sanitárias feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), houve diminuição da circulação de pessoas por um período de tempo e paralisação de atividades econômicas de forma total ou parcial, explica o IBGE|2|. Isso causou uma expressiva retração no setor de serviços, que foi de 4,5%. Houve queda também na parcela do PIB referente à indústria (-3,5%), e somente o setor agropecuário experimentou crescimento, que foi de 2%.

A figura acima mostra como se deu a evolução do PIB do Brasil no período que vai dos anos 2000 até 2020. O maior crescimento da economia do país aconteceu no ano de 2010, quando houve crescimento de 7,5% com relação ao ano anterior.

Veja também: O que é IDH? 

PIB dos estados brasileiros

O IBGE divulga também a relação do PIB dos estados brasileiros. A tabela abaixo apresenta os valores para o ano de 2018, organizados em ordem decrescente.

Posição

Estado

PIB em 2018 (em milhões de reais)

São Paulo

2.210.562

Rio de Janeiro

758.859

Minas Gerais

614.876

Rio Grande do Sul

457.294

Paraná

440.029

Santa Catarina

298.227

Bahia

286.240

Distrito Federal

254.817

Goiás

195.682

10º

Pernambuco

186.352

11º

Pará

161.350

12º

Ceará

155.904

13º

Mato Grosso

137.443

14º

Espírito Santo

137.020

15º

Mato Grosso do Sul

106.969

16º

Amazonas

100.109

17º

Maranhão

98.179

18º

Rio Grande do Norte

66.970

19º

Paraíba

64.374

20º

Alagoas

54.413

21º

Piauí

50.378

22º

Rondônia

44.914

23º

Sergipe

42.018

24º

Tocantins

35.666

25º

Amapá

16.795

26º

Acre

15.331

27º

Roraima

13.370

Fonte: IBGE.

Os maiores PIBs estaduais se concentram nas regiões Sul e Sudeste. Em 2018, São Paulo respondia por 31,5% do PIB brasileiro. Ao todo, os cinco estados que encabeçam a lista representavam quase 64% do valor total para o ano em questão.

No outro extremo, Roraima, localizado na região Norte, possuía em 2018 o menor PIB estadual, respondendo por uma parcela de 0,19% do PIB do Brasil.

Ranking do PIB mundial

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são duas das instituições que divulgam anualmente o PIB dos países.

Os dados do FMI para o ano de 2021 mostram que o PIB global é de 87.798.526 milhões de dólares. Desses, 24,4% correspondiam ao PIB dos Estados Unidos. No segundo lugar do ranking, estava a China, com participação de 16,3%. O Brasil representava, então, a 9ª maior economia do mundo.

Esse cenário sofre alteração em 2020, conforme os dados do FMI. A economia brasileira caiu três posições e saiu do ranking das dez maiores do mundo, estando agora em 12º, com PIB de US$ 1,38 trilhões.

Posição

País

PIB em 2020 (em trilhões de dólares)

Estados Unidos

20,81

China

14,86

Japão

4,91

Alemanha

3,78

Reino Unido

2,64

Índia

2,59

França

2,55

Itália

1,85

Canadá

1,60

10º

Coreia do Sul

1,59

Fonte: Fundo Monetário Internacional.

Veja também: Os 10 países mais pobre do mundo

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (Unesp 2019) O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) busca expressar o dinamismo de uma economia a partir da soma das riquezas produzidas por um país durante determinado período. No entanto, o cálculo do PIB ignora:

A) os valores consumidos pelas importações, o que artificializa cálculos superavitários.

B) os gastos do governo, o que interfere na produção de bens e serviços.

C) a dimensão territorial, condição que interfere na paridade do cálculo.

D) os investimentos de empresas, mascarados em balanços comerciais positivos.

E) a apropriação da riqueza gerada, o que prejudica análises sociais.

Resolução

Alternativa E. Como o próprio IBGE define, o PIB é um indicador de síntese. Sendo assim, ele não leva em consideração a maneira como acontece a distribuição de renda na sociedade e, portanto, a apropriação de riquezas.

Questão 2 – O IBGE é o órgão responsável pelo cálculo e pela divulgação periódica do PIB do Brasil. Esse indicador pode ser expresso sob três óticas: a da produção, da demanda e da renda. Dessa maneira, pode-se dizer que entram para o cálculo os seguintes elementos, com exceção de:

A) os salários pagos aos trabalhadores, incluindo servidores públicos.

B) os dados referentes à balança comercial brasileira.

C) o consumo das famílias em um intervalo de tempo estabelecido.

D) o valor individual das matérias-primas utilizadas na produção industrial.

E) os diversos gastos que são efetuados pelo governo.

Resolução

Alternativa D. É levado em consideração para fins de cálculo apenas o valor do produto final, no qual já estão inclusos os gastos com matéria-prima. Essa metodologia é adotada para que não haja a dupla contagem, como explica o IBGE.

Notas

|1| CURY, Anay; SILVEIRA, Daniel. PIB recua 3,6% em 2016, e Brasil tem pior recessão da história. G1, 07 mar. 2017. Disponível aqui. Acesso em 06 mar. 2021.

|2| BARROS, Alexandre. PIB cresce 3,2% no 4º tri, mas fecha 2020 com queda de 4,1%, a maior em 25 anos. Agência de Notícias do IBGE, 03 mar. 2021. Disponível aqui. Acesso em 06 mar. 2021.


Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "PIB do Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/pib-brasil.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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