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Alelos letais

Alelos letais são genes que podem levar o portador à morte. Esses alelos podem ser dominantes ou recessivos, devendo, nesse último caso, aparecer em homozigose.

Os genes letais causam a morte do portador
Os genes letais causam a morte do portador
Crédito da Imagem: Shutterstock
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Denominamos de alelos letais aqueles que determinam a morte de seu portador. Esses genes foram descobertos pelo fato de proporcionarem uma alteração nos valores esperados em cada cruzamento de acordo com as frequências mendelianas.

Os alelos letais podem ser dominantes, agindo até mesmo em doses simples, ou recessivos, expressando-se apenas em homozigose. Vale frisar que os alelos letais dominantes são raramente observados, uma vez que pessoas com esses genes, geralmente, não conseguem reproduzir-se antes de morrer.

Descoberta dos alelos letais

Os alelos letais foram descobertos por Lucien Cuenot (1866-1951) em 1904 após estudos com cruzamentos de camundongos. Quando o biólogo cruzava camundongos de pelagem cinza entre si, todos os descendentes que nasciam tinham pelagem cinza, mas, ao cruzar indivíduos de pelagem amarela, nasciam 2/3 de camundongos amarelos e 1/3 de camundongos cinza, o que não obedecia à proporção de 3:1 esperada.

Diante desses resultados, Cuenot chegou à conclusão de que, em homozigose, o alelo que determinava a cor amarela era letal. Sendo assim, todos os camundongos amarelos eram obrigatoriamente heterozigotos e, para comprovar essa teoria, fez o cruzamento de um desses indivíduos com o camundongo cinza, obtendo 50% dos indivíduos amarelos e 50% cinza. A partir disso, foi possível concluir que os camundongos com genótipo homozigoto para o amarelo não sobreviviam, o que explicava a proporção inadequada.

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Alelos letais completos e semiletais

Denominamos de letais completos aqueles genes que matam antes que os indivíduos que os possuem atinjam a idade reprodutiva. Um exemplo é a fibrose cística, uma doença que afeta as glândulas exócrinas, que produzem secreções espessas que impedem o funcionamento adequado do organismo. Essa substância espessa pode prejudicar, por exemplo, o sistema respiratório, que apresenta dificuldade em levar o oxigênio até os alvéolos pulmonares. Além disso, as secreções grossas e pegajosas dificultam o funcionamento do sistema digestório.

Já os semiletais são aqueles genes que permitem a sobrevivência do portador além da sua idade reprodutiva. Como exemplo, temos a acondroplasia, uma síndrome genética que afeta diretamente a ossificação. Pacientes com esse problema apresentam baixa estatura, membros encurtados, mãos curtas e com separação entre o terceiro e o quarto dedo, entre outras características. Essa síndrome é determinada por um gene dominante, que causa a morte quando em dose dupla.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Alelos letais"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/alelos-letais.htm. Acesso em 23 de abril de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

Os alelos letais foram descobertos por Lucien Cuénot, que estudava cruzamentos em camundongos. Ao cruzar indivíduos cinza, todos os descendentes nasciam cinza, entretanto, ao cruzar indivíduos amarelos, a proporção encontrada foi:

a) 1:1

b) 2:1

c) 3:1

d) 2:3

e) 3:2

Exercício 2

A acondroplasia é uma doença genética que afeta diretamente a ossificação, causando baixa estatura e membros encurtados. Essa doença, por não causar a morte antes da idade reprodutiva, é considerada um caso de:

a) alelos letais.

b) alelos recessivos.

c) alelos semiletais.

d) alelos homozigotos.

e) alelos homólogos.